UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE
ABERTA DO BRASIL
CURSO-LICENCIATURA
EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA
POLO-ITAQUI/RS
ARTIGO
Experiência
Docente II
ACLPD- Kele
Vanusa de Souza de Souza
TUTORAS PRESENCIAIS-
Juliandra Sanchotene e Brunari Meichtry.
ITAQUI, RS
2014
RESUMO
O trabalho docente é embasado nas ações
previstas e planejadas com a intencionalidade de desenvolver saberes
significativos que apresentem resultados positivos no âmbito escolar, sendo uma
complexa e polêmica relação entre os pensamentos e as linguagens que se
misturam a um processo de formação do indivíduo. Não basta apenas planejar se
não houver a consideração de uma realidade que exige uma prática atenta às
necessidades e que corresponda as expectativas. As variações encontradas em
sala de aula, muitas vezes interferem na distribuição dos conteúdos, no
entanto, é necessário priorizar as diferenças de ritmos e tempos dos alunos,
sendo pertinente por inúmeras vezes a inserção de métodos que potencializem e
contemplem de forma significativa o aprendizado, e analiticamente consiga-se
perceber as situações em que devam ser promovidas formas avaliativas do
desenvolvimento, para que com qualidade, seja possível dar sequencia aos demais
segmentos. Em toda a ação do processo educativo, deve-se ter a consciência da importância
dos métodos e habilidades que impulsionam o fazer pedagógico, sendo que a
maioria dos professores precisam se desfazer de métodos engessados, e apostar
no investimento da inovação, criatividade e posteriormente na concretização dos
objetivos dando sentido às práticas a serem desenvolvidas.
Introdução
O
objetivo desse artigo é compartilhar as experiências realizadas em nosso
estágio, considerando a abordagem e reflexão sobre a mobilização dos saberes
experimental na área docente das séries iniciais. As formas de mediação contextualizada
trazem consigo resultados imediatos e de relevância nas práticas docente, sendo
que o dever do educador é construir um caminho no qual o indivíduo tenha uma
formação significativa, e apresente em seu desenvolvimento equilíbrio,
coordenando as ações em sala de aula, dando ênfase ao desenvolver das práticas
com a intencionalidade de integrar novas descobertas. O planejamento é uma
programação antecipada das ações previstas que visam à potencialidade e
qualificação, tendo o professor comprometimento na contemplação das
necessidades a partir do conhecimento da realidade da turma, sendo ele mediador
de estratégias que fazem a diferença na hora de “ensinar” e de “aprender”, pois
sabemos que cada criança tem seu próprio ritmo e é de suma importância
considerar as demandas existentes no meio.
Saindo
dos métodos tradicionais de ensino, a busca do professor é incessante no que
diz respeito às práticas consideradas adequadas, fazendo com que esteja sempre
procurando “algo a mais”, para dar significado no cotidiano da turma, e é nesse
momento que entram questões norteadoras que possibilitam a proximidade do
aluno/professor, buscando um entendimento que ressalte a compreensão, o
aprendizado e adaptação de mecanismos que favoreçam o processo educativo,
fortalecendo os laços de construção e
desenvolvimento dos indivíduos.
DESENVOLVIMENTO
Acredito
que a ação pedagógica traz consigo o comprometimento de transmissão de saberes,
e também de mediação na construção fundamental para o desenvolvimento dos
educandos.
Para
que seja possível uma aprendizagem eficiente e de qualidade, não são necessários
ambientes e recursos especiais, e sim fazer do meio no qual disponibilizam, uma
oficina de probabilidades, que transmitam aos alunos mesmo que na simplicidade,
formas diversificadas e coerentes para a eficácia de aprender, garantindo o seu
crescimento, levando em conta a realidade da turma. As demandas durante o estágio giram em
torno das diversidades e heterogeneidades existentes em sala de aula. O
professor busca trazer um planejamento que abranja as necessidades de modo
geral, portanto, ao depara-se com a realidade, é constatado a importância de
mudanças constantes, ou seja, através de análises comportamentais dos alunos é
possível diagnosticar a carência e desnível intelectual, não que estejamos
desmerecendo alguns alunos, mas sim considerando o tempo e ritmo de cada um. O
acompanhamento durante o estágio nos proporcionou uma experiência mais
abrangente sobre as ações estratégicas que fazem parte do processo educativo,
considerando as inúmeras situações dentro de sala de aula, tais quais: A
desatenção, dificuldades de aprendizagem e outros itens que fazem parte desse
universo pedagógico.
Foram
necessárias adaptações que contemplassem as necessidades da turma, por exemplo:
Em um mesmo dia agregamos mais atividades e conduzimos de forma relevante e
dialógica os conteúdos, para que pudéssemos ter suporte que contribuíssem para
o desenvolvimento positivo de nossos objetivos, tornando possível um nível
satisfatório após cada dia de aula consolidado.
Sabemos
que um planejamento, por mais que seja bem elaborado, corre o risco de
alterações e sempre haverá como qualificar esse ensino através de improvisos nos
quais o professor automaticamente sente a necessidade do mesmo.
No planejamento foi considerada a forma de
ensinar, buscando ampliar a visão pedagógica e focar nos conceitos educacionais
conforme o vínculo criado, no entanto, as estratégias utilizadas foram
adequadas para que houvesse maior desenvolvimento da leitura, da escrita e de
conceitos matemáticos, bem como também, deveres e direitos sociais, hábitos
diários higiênicos e corteses, fatores importantes como o desenvolvimento de
habilidades, coordenação motora, raciocínio lógico, desenvolver criações,
reaproveitamento de materiais recicláveis, e uma relação afetuosa para com os
alunos, pois o educador não é somente um transmissor de conhecimentos, ele é
também uma espécie de para-raios, para receber uma grande carga de informações
e atitudes, no qual o aluno reflete e transfere (ao professor), através do
comportamento em aula como se fossem
espelhos de seus problemas, momentos estes, nos quais são atribuídas
responsabilidades exclusivas ao educador.
O
professor tem o dever de seguir as normas da escola, e desenvolver a grade
curricular conforme lhes são impostas, no entanto, nem sempre é possível seguir
as regras, são encontradas barreiras que promovem alguns atrasos devido aos
prazos de distribuição dos conteúdos, pois devem ser considerados a
receptividade, interesse e desenvolvimento do aluno, sendo importante
visualizar as demandas, e perspectivas que devem estar articuladas a uma atenta
e ampliada análise para a realidade, desse modo foi desenvolvido um trabalho
dentro da programação dos conteúdos, porém com ações que produziram melhores
efeitos na aprendizagem, conduzindo uma metodologia flexível e favorável ao
“aprender significativo”.
A partir das relações existentes em sala de
aula, foi possível detectar a melhor forma de agir, na qual foi evidenciada a
aprendizagem e não aprendizagem, através de avaliações prévias, que nortearam
nossa linha de trabalho para a complementação das práticas mediante ao
planejamento, contemplando as questões colocadas em pauta, que foram
desenvolvidas conforme as alterações necessárias.
Acredito que as escolhas de conteúdos
potencializaram a aprendizagem devido a variedades de recursos utilizados, pois
ao percebermos resultados não muito satisfatórios, sempre eram introduzidas
novas estratégias que vinham de encontro com a necessidade do momento. A escola
foi um ponto de apoio significativo, disponibilizando recursos e possibilidades
que contribuíram para que tivéssemos resultados positivos na busca de novas
metodologias que garantissem uma aprendizagem de aspectos qualificativos. Nos
primeiros contatos, acredito ser essencial observar as dimensões que envolvem o
cotidiano, ou seja, as tomadas de decisões, as propostas políticas e
pedagógicas, como se dá o relacionamento entre os sujeitos , a maneira em que
são trabalhadas as questões em torno das limitações mediante à realidade
vivenciada pela escola, focando na construção e consolidação do projeto gestor,
nos inteirando dos métodos funcionais, para que sejam esclarecidas com
amplitude o modo em que a escola atua diante de vários setores e suas ações,
sendo importante considerar as demandas, Seguindo uma meta dialógica, poderemos
compreender nesse processo investigativo as ações que potencializam o andamento
da escola, buscando nos aproximar dos sujeitos atuantes (diretor, coordenador,
secretários, professores e outros) com o intuito de buscar auxílio no entendimento
sobre o desenvolvimento desses mecanismos, e como se definem na construção de uma escola que busca ser o diferencial
dentre outras, portanto, devemos nos ater na busca de respostas que inclua em
nosso trabalho, além desses importantes conhecimentos sobre o âmbito, uma
maneira eficaz de desenvolver nossas aulas dentro dos padrões pedagógicos
exigidos . É importante ressaltar que a escola faz uma mediação embasada na
interação e construção de conhecimentos, sendo ela um espaço de formação em que
a aprendizagem dos conteúdos ali apresentados, sejam favoráveis e relativas no
cotidiano, com a intencionalidade de conscientização das questões sociais e
culturais, estimulando o aluno ao crescimento e desenvolvimento de suas
capacidades, habilidades e compreensão, sendo compromissada a interferir
efetivamente para que haja socialização e desenvolvimento, assumindo a
valorização cultural e ultrapassando seus limites, sendo propiciado aos alunos
de diversas diferenças sociais o mesmo acesso ao saber, para que haja o equilíbrio
no “pensar” e desenvolver as propostas de ensino que qualifiquem as práticas pedagógicas tornando-as eficientes e necessárias.
PLANEJAMENTO-
O planejamento permite ao professor
prever as ações e mediar possibilidades, tornando-se um instrumento de
percepção da realidade, que serão vivenciadas em sala de aula, sendo elaborado
de acordo com o contexto social, respeitando os fatores internos do ambiente,
ou seja, é necessária uma elaboração de acordo com a realidade considerando a faixa
etária, conhecendo as necessidades e as exigências da escola, mesmo que muitas
vezes não se tem como prever ações que correspondem a possíveis intervenções
ali apresentadas. As ações de um
professor devem ser voltadas ao aprendizado satisfatório de seus alunos,
buscando observar através das necessidades individuais e coletivas da turma, e
introduzindo meios que os ajudem em suas limitações e dificuldades, ou seja,
deve-se avaliar o tempo e ritmos de cada um para que seja possível adaptar
formas nas quais os alunos sejam alvos de um objetivo já planejado e para que
esse mesmo objetivo tenha um bom resultado. É necessário haver um planejamento
que contemple vários ângulos, encaminhando propostas que venham de encontro com
as expectativas do aluno/ professor, para que promovam instabilidade e
equilíbrio ao meio, sendo utilizados modos simples, porém, significativos na
aprendizagem, como por exemplo: a utilização de jogos, quebra-cabeças e outros
que despertem a interatividade, a curiosidade e também desenvolva o raciocínio lógico.
O planejamento é de certa forma uma “cartada a mais” que os professores têm
para garantir o sucesso de seu trabalho mediante a turma, pois é planejando que
ocorrem os maiores acertos, mesmo que tenhamos a consciência de que nem tudo
que se planeja ocorre da forma desejada. Através
de análises relacionadas ao comportamento individual de cada um dos alunos, é
possível o professor mediar os meios que possibilitem as formas de
aprendizagem, buscando o equilíbrio em sala de aula, através de estratégias que
façam acontecer à superação dos limites e também aumentar a produtividade
individual, sendo necessário o acompanhamento dessas ações, registrando o
aprendizado de modo avaliativo e também podemos dizer de modo comparativo, pois
o professor após utilizar métodos de avaliações tem um prognóstico de evolução (ou
não) de seus alunos. As diversidades em sala de aula interferem no planejamento
de modo que os conteúdos previstos tenham transformações, ou seja, muitas vezes
transferidos e modificados, pois é necessário priorizar as diferenças de ritmos
e tempos dos alunos, sendo que não há possibilidades do educador ignorar situações
nas quais as crianças precisam de mais tempo e atenção para aprender, bem como
não se pode ignorar também, situações nas quais há desigualdades do nível
intelectual, possuindo diferenças significativas de aprendizagem, que necessitam
de mediação nas estratégias que favoreçam o aprendizado de forma que não haja
situações negativadas das atividades propostas e que ampliem o interesse dos
educandos. O planejamento das aulas em si, podem até serem completos de
atividades e alcançarem metas de aprendizagem visivelmente satisfatórias que
buscam as melhores formas de ensinar, portanto, na realidade escolar nos
deparamos com uma série de carências do dia a dia, que devem ser complementados
com métodos emergenciais e improvisados, nos quais dependemos do desenvolvimento
e rendimento da turma para que os resultados sejam positivos, e para que as
nossas propostas de ensino venham de encontro com o que eles realmente precisam
aprender.
OBJETIVIDADE-
Concordo com a ideia de
que é necessário o educando considerar: O quê? Para quê? Como? Qual objetivo
que quero alcançar?
Através das respostas
desse significativo questionário, é possível se ter uma visão ampla e uma meta
traçada com a compreensão das necessidades, que irão contribuir e fazer com que
as propostas venham de encontro às expectativas que farão a diferença na hora
das práticas, com a intencionalidade de obter um segmento favorável para uma
aprendizagem de qualidade. Os educadores precisam ter a consciência de que devem
se manter em constante busca, que tragam com relevância os aspectos educativos
atingindo os objetivos, sempre se perguntando: Que benefícios quero promover?
Que forma adequada e motivadora pode utilizar? Para que seja possível através
do planejamento adquirir um bom resultado e rendimento com a turma,
proporcionando aos alunos estratégias bem definidas que os estimulem durante o
ano letivo.
As atividades estratégicas que melhor
atingem os objetivos são as que se adequam ao perfil dos alunos, que devem ser
dinâmicas, organizados, criativos e significativos, fazendo com que os alunos
interajam e sejam participativos ao meio.
As atividades preferidas
das crianças são as que envolvam a ludicidade, uma forma conjunta de associar o
prazer ao aprendizado. Podemos citar como exemplo, umas brincadeiras que
fizemos no pátio com o jogo de boliche, colocamos números na parte inferior, no
qual os alunos (um de cada vez) jogavam e conforme as garrafas derrubadas, reconheciam
os números e faziam a soma, dizendo os respectivos resultados, as crianças se
divertiram muito e dessa forma foram estabelecendo laços entre o “brincar” e o
“aprender”, também utilizamos a brincadeira com placas contendo figuras geométricas
que simbolizavam ações referentes ao espaço físico, no qual haviam três (3)
círculos (um pequeno, um médio e um grande), sendo que todos ficaram dentro do
desenho (círculo que coube todos) ao levantarmos a figura do quadrado, todos
tinham que dar um passo fora do círculo e entrar no quadrado maior, no triangulo passariam para o círculo menor, e
assim sucessivamente teriam que atingir
ao objetivo proposto conforme a figura apresentada, dessa maneira foi possível
potencializar o trabalho referentes a noções de espaços e proporcionar aos
alunos um modo agradável de aprendizagem com qualidade significativa.
Na questão dos elementos e fatores que
dificultam o planejamento, é considerada a falta de organização, a
desconsideração das características do público-alvo, a falta de apoio e a na
incompatibilidade de tempo na organização do cronograma, mediante a realidade
de cada aluno. Assim sendo, os professores têm a consciência de que é
necessário agregar ao planejamento novos métodos que conciliem e induzam o
aluno ao conhecimento do “novo”, sendo que não podem faltar em um planejamento,
objetivos bem definidos, estratégias adequadas, cronogramas e organização no
desenvolvimento. Planejar é fundamental, levando em conta a pesquisa
prévia do que os alunos já sabem de suas realidades, do que têm curiosidade em
aprender, é preciso dar voz aos alunos, mesmo que sejam crianças, se o
professor instigar, elas se expressam e se percebem sujeitos do
processo de ensino, sentem que seus saberes e construção de bagagens adquiridas
em casa, são também importantes e auxiliam na autoestima. O planejamento bem
feito exige um tipo de processo de mediação e de troca entre professores e
alunos. Possibilita que os educandos se aproximem e tenham uma visão ampliada
no qual se sentem responsáveis pela intenção de transmitir conhecimentos,
ensinar “estes” ou “aqueles” e dar significado aos conteúdos.
APRENDIZAGEM
Acredito que o professor de educação infantil
e anos iniciais necessitam de uma organização prática que dialogue diretamente
com a realidade concreta da sua turma, no sentido de partir dos seus
conhecimentos e de suas necessidades. Não podemos negar que, mesmo partindo da
realidade dos sujeitos, o professor possui uma intenção, um objetivo que pode
ser alcançado através de caminhos traçados. Assim, as diferentes situações e
propostas organizadas pelos professores para ensinar correspondem a um caminho
escolhido para atingir determinados objetivos. Todos têm direito a uma escola de qualidade. Uma escola
na qual sejam desenvolvidas opiniões formadoras fazendo com que todos aprendam,
trabalhando os desafios, as necessidades e a organização educacional com o
objetivo de estabelecer laços produtivos com o processo educativo. O professor tem como principal objetivo, ensinar os
alunos a pensar, a refletir sobre a sociedade em que vivem, a ter curiosidades,
e para isto, devem ser humildes em admitir que não são sabedores de todas as
coisas, estamos sempre em construção e devemos ser espirituosos na questão do
sentimento e termos uma mente aberta às novidades futuras para acompanhar os
novos alunos que chegam à nossa sala de aula, para que o avanço tecnológico e
contextual da contemporaneidade venha de encontro com as expectativas , para
que nossas práticas não sejam desatualizadas e acompanhem a evolução
intelectual de nossos alunos e não parecermos ultrapassados aos seus olhos.
A
importância da primeira educação é de tamanha significação na formação do
sujeito, que é possível compara-la ao alicerce de uma casa, sendo assim é
inegável que a criança necessita também de ligações afetivas que correspondem a
um bom crescimento intelectual, criados primeiramente em casa e posteriormente
na escola, considerando que toda a informação recebida é registrada e
manifestada nos atos das crianças. A ação educativa consiste em considerar o
respeito, com o intuito de que haja conexão entre os sujeitos e a educação,
buscando aprimorar estes valores de modo que a respeitabilidade seja primordial
e indispensável no meio, contribuindo e estando de acordo com as exigências
particulares e coletivas, sendo que a educação é a integração do indivíduo ao
mundo, uma preparação para o futuro, que concede a cada um, o direito de ter
sua própria autonomia. A aprendizagem em qualquer ambiente e ocasião terá
importância quando promove as ações de acordo com sua capacidade e habilidade
para execução, é necessário o estímulo adequado para que o aluno tenha seu
valor e se sinta importante no meio, dessa forma irá adquirir novos
conhecimentos com base no que já adquiriu, portanto, a escola deve assumir uma
postura de formação que busque ultrapassar seus limites e que proporcionem aos
alunos o acesso ao conhecimento, dando-lhes a oportunidade de entrosamento e
práticas que desenvolvam o saber. A aprendizagem está relacionada à prática de
cidadania, da vida social, efetiva e familiar do indivíduo, sendo que toda a
aprendizagem se relaciona com o passado e uma sequencia no qual se encontram
acertos, erros e possíveis mudanças de organização pedagógica. É estabelecida
no meio um elo de confiança, que transmite ao educando através de uma forma
dialógica, a compreensão de comunicação humana. Em sala de aula as situações são
diversificadas e devem ter a chance de melhorias, de novas oportunidades de
assimilação e de ajustes ao diferente que contemplem uma ação flexiva
significativa. O professor carrega consigo uma grande responsabilidade que
implicam no desenvolvimento positivo dos alunos, na continuidade de valores e
atitudes já construídos em família e na sociedade em que vivem, buscando uma
transmissão mediada através de habilidades que se desenvolvem no cotidiano, em
busca do equilíbrio que os tornarão mais envolvidos no processo de
aprendizagem. Muitas vezes é preciso redefinir
as propostas pedagógicas para que se tenha apropriação de resultados positivos.
As estratégias são caminhos adequados para chegarmos a um objetivo
através de ações que fortaleça uma linha de raciocínio condizente com a
realidade imposta.
Dentro de uma sala de aula, há várias estratégias a serem inseridas com
o intuito de fazer com que o aluno não fique desatento e consiga se desenvolver
dentro de um padrão normal de aprendizagem, muitas vezes são estratégias
simples como por ex: Não deixar o aluno sentar perto de janelas para que não
venha a se distrair, propiciar uma boa visibilidade do quadro, enfim, devem ser
eliminados todos os fatores que venham a contribuir para que ele tenha desvio
de sua atenção, é necessário complementar o ambiente contribuindo para que
tenha uma rotina bem estruturada no qual as regras sejam claras e o seu
cumprimento exigido. Além desses itens importantes, o educador deve promover
aulas diversificadas, utilizando meios significativos para a execução da mesma.
Podemos citar alguns exemplos, tais como: O conto de histórias, no qual fizemos
a dramatização das historinhas “Chapeuzinho vermelho” e “Os três porquinhos”,
percebemos a interação que positivamente estimularam a corporeidade e
desenvoltura das crianças, e também a utilização de materiais coloridos, jogos
lúdicos, televisão(DVD educativo), cartazes, músicas, e outras variadas formas
criativas e inovadoras que busquem acrescentar ao ensino uma forma prazerosa de
aprender. Também existem situações em que manter o aluno atento, foge do
controle, sendo necessário forçar a atenção, no qual é extremamente relevante
utilizar meios que desenvolva formas de ajustar o ritmo da aula ao modo de
compreender do educando, e para que isso aconteça é importante promover um
ambiente mais cooperativo e menos competitivo, fazendo com que este trabalho em
grupo seja de forma adequada e favorável a proposta que o professor pretende
inserir, sendo dentro de uma base que é o ajuste relacionado ao ritmo da aula e
na capacidade do aluno em aprender.
LEITURA E ESCRITA
Aprender a ler e escrever, é uma vivência
única para todo o ser humano, na atualidade há grandes transformações na área
educativa, através de meios de comunicação e da tecnologia, o professor tem
mais opções de organizar propostas didáticas que levem o aluno à práticas
prazerosas, aumentando o nível de seu interesse, portanto, enfrenta-se ainda
muitos problemas na alfabetização relacionada ao conhecimento e apropriação do
letramento, sendo esta uma questão bastante
discutida no meio, levando em consideração que a criança já adquire
conhecimentos sobre o processo de ler e escrever, mesmo antes de serem
inseridos no ambiente escolar,
aprendendo a interpretar através de gestos, olhares, palavras e imagens, como
por exemplo: Sabem como pegar no lápis e quando pegam livros, “fingem” estarem
lendo, a partir dessa iniciação, é instigada a curiosidade e vontade de
entender como acontece esse mecanismo utilizados pelos adultos, dando
continuidade a este processo no âmbito escolar, cabe aqui ressaltar a
importância do educador potencializar uma alfabetização contextualizada, onde a leitura e a escrita tenham sentido com
a realidade, focadas nos aspectos de aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e escrita,
já que a alfabetização vai muito além de apenas ler e escrever, haja vista, que
a criança é um ser em construção, que dependem de orientações, sendo que um dos
problemas enfrentado nas práticas de ler e escrever é a diferenciação de
orientações que atuam cotidianamente dentro e fora das escolas.
A alfabetização ensina o alfabeto e utiliza
códigos de comunicações, para que o indivíduo construa a gramática e suas
variações, esse processo não é resumido apenas na aquisição de habilidades
mecânicas do ato de ler (codificação e decodificação), e sim na capacidade de
interpretar, compreender, criticar e produzir conhecimentos, bem como a
alfabetização envolve também, o desenvolvimento de novas formas de compreender
e utilizar a linguagem de uma forma geral.
A
tarefa do professor é árdua, exige muita dedicação, criatividade e principalmente
um olhar ampliado para novos métodos de ensino e práticas adequadas na formação
de seus alunos, principalmente nas séries iniciais, na qual se dá a formação de
conhecimentos, aprimorando a construção do raciocínio lógico, fazendo com que a
criança interaja socialmente com as práticas desenvolvidas, considerando que o
letramento é cultural, propiciando à criança a absorção de conhecimentos
adquiridos no cotidiano.
No processo de
alfabetização, observamos de forma ampla, como o sujeito intensifica a relação
com a aprendizagem desde muito pequeno, sua inserção no âmbito escolar,
aprimora o conhecimento adquirido e agrega novos saberes que ampliam os
horizontes de formação da criança.
ALFABETIZAÇÃO E HIPÓTESES DA
ESCRITA
Toda
a criança ao aprender a escrever, começa com erros gráficos, processo esse, que
está dentro da normalidade na construção da escrita, é o momento em que ela
estabelece uma relação com o mundo das letras, aprendendo a reconhecer passo a
passo os significados. Para essa fase inicial, a criança passa por hipóteses, sendo
elas:
HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA;
A
criança ainda não descobriu que a é representada pela fala e também que se utilizam
letras para escrever, ou seja, ela não estabelece vínculo entre fala e escrita.
Demonstra sua intensão de escrever através de traçados linear.
HIPÓTESE SILÁBICA;
Nesta
fase, ela já reconhece a ligação das letras para escrever e acredita que para
cada sílaba seja utilizada uma letra.
HIPÓTESE COM VALOR SONORO;
A
criança continua a conscientização da utilização das letras para cada sílaba e
geralmente relaciona o som da letra com uma vogal ou a uma consoante, ex:
Na
palavra CAVALO- Ela pode escrever simplesmente AAO,
FORMIGA-
FMG
CAMELO-CML
HIPÓTESE SEM VALOR SONORO;
A
criança começa a ter consciência de que existe alguma relação entre pronúncia e
a escrita, começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras,
conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres, relaciona
a escrita e a fala para cada vez que pronuncia uma sílaba, ela escreve uma
letra, porém essa letra não tem relação com o som(Isso ocorre devido ao
processo de relação estabelecida com o som).
Na
teoria esse processo de aquisição tem um significado diferenciado da prática,
pois ao nos depararmos com esse desenvolvimento em sala de aula, podemos
constatar o avanço mesmo que em rabiscos, que ao ver de muitos são considerados
errados, porém para um professor cada forma escrita (mesmo que de modo ;estranho)
tem um grande significado no grau de aprendizagem do aluno.
Para
melhor avaliar, o professor deve aplicar exercícios de sondagem para
diagnosticar as fases da escrita em que a criança se encontra e começa a se
desenvolver, a forma em que percebemos o desenvolvimento e rendimento dos
alunos foi aplicando uma atividade na qual haviam imagens variadas, por
exemplo: de lata, tapete, bala, meia, e outros, sendo que eles teriam de
escrever, essa atividade ocasionou que eles escreveram da maneira que sabiam,
com apropriação das hipóteses, que sabemos ser um processo que se aperfeiçoa
com o decorrer da aprendizagem. A criança
escreve de acordo com o que ela pensa, utiliza uma letra para cada sílaba,
constrói um sistema de escrita de forma estranha que faz parte de um
procedimento sistemático.
Segundo Piaget. Uma criança aos sete anos desenvolve a capacidade de pensar mediante a
uma variação de coisas pertencentes a um universo de descobertas, chegam a uma
fase denominada operacional-concreto, a tão falada fase dos ”porquês”, na qual
a criança tem entendimento sobre a realidade que o cerca e desenvolve soluções
para problemas concretos.
Prosseguindo a linha de
pensamento de Piaget a criança ao chegar aos doze anos já obtém um
discernimento sistematizado, mesmo sem o apoio de objetos concretos, dando
vasão aos argumentos e deduções no qual passa a ter noção do certo e do errado,
estando este, na fase chamada operacional-formal, passando da fase dos
“porquês” e adquirindo a fase em que se acentua o “e” para o que “poderia ser”.
Piaget acredita no
desenvolvimento da capacidade humana, bem como também no potencial do educador
em criar novas possibilidades, traçando metas objetivadas na formação de seres
pensantes.
Temos aqui uma citação no qual Piaget expressa seu olhar sobre a
metodologia educacional:
“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente
repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores,
inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que
estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se
propõe.” (Jean Piaget)
CONCLUSÃO
Para
concluir, acredito na formação constante dos indivíduos, pois é nesse processo
que se constrói conhecimentos que se aprimoram ao longo do tempo, tendo desde
pequenos uma concepção de tudo que pertence a seu mundo social e cultural,
fazendo com que as experiências adquiridas no cotidiano, tragam um desenvolvimento
voltado a uma aprendizagem qualificada. A criança constrói seu conhecimento
mesmo antes de ir para a escola, logo após essa inserção, desenvolvem
capacidades de autonomia na construção de saberes, que serão desenvolvidos no
cotidiano, dando continuidade ao processo de aprendizagem. O professor precisa
ter um olhar abrangente, no qual é importante refletir sobre os mecanismos e as
concepções que dizem respeito ao processo de ensino e aprendizagem,
considerando as demandas com o intuito de romper os modelos engessados e
contribuir para que haja novas formas de iniciar ideias que já apontem
caminhos, propostas e outros elementos a serem considerados, tais como também a
metodologia, que são caminhos adequados para chegar a um objetivo que vislumbre
e apontem o concreto e as diferentes maneiras de ensinar, para que o
planejamento esteja de acordo com as necessidades, promovendo no âmbito formas
que enriqueçam o fazer pedagógico, buscando melhorias nas metodologias e
avanços nos resultados. Esse comprometimento implica o desenvolver de práticas
que estimulem o “pensar”, sendo o educador, mediador de todo o processo
considerado formativo e de relevância para o desenvolvimento intelectual dos
educandos.
Bibliografias
educador.brasilescola.com/trabalho-docente/alfabetizacao.htm)
pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetização
redes.moderna.com.br/tag/metodologia-educacional
stopescuta.wordpress.com/para-quem/.../estrategias-educativas/
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