UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE
ABERTA DO BRASIL – EAD – POLO ITAQUI
ARTIGO
SOBRE A EXPERIÊNCIA DOCENTE DE ESTÁGIO
SANDRA
HELENA RODRIGUES CARVALHO
ITAQUI
2014
INTRODUÇÃO
Esse
texto trará os aspectos de grande relevância e significado que foram pontuados
na realização desses dias de prática docente de estágio. As reflexões relatadas
aqui, são respaldadas por um referencial teórico que foi fornecido para a
pesquisa e que contribui significativamente para uma prática de qualidade.
Acreditando
que esses pontos positivos ressaltados possam melhorar os próximos planos e
intenções relacionadas a sala de aula, para que a contribuição com os temas que
forem ser trabalhados ao longo dessa experiência acadêmica, a procura foi por
um trabalho que destacasse aspectos significativos.
RESUMO
Este artigo faz parte da
importante tarefa que é o estágio supervisionado, parte fundamental para a
formação acadêmica de nível superior com licenciatura em pedagogia. A proposta desse
artigo é trazer reflexões a partir da prática e a respeito dela, do que pode-se
melhorar e do proveito e parendizagens que foram significativos nessas semanas
de atuação na escola e com a professora titular. É uma situação que aproxima a
vida acadêmcia com a universidade e traz a realidade a olhos nus e com
expectativas para o futuro, quando planejar aula e pensar em alunos e no bem
deles deverá fazer parte da totalidade da vida.
Acreditar
em um trabalho que proporcionasse um crescimento pessoal e intelectual das
pessoas que observei e que precisavam dar continuidade a um processo de aprendizagem
sólido e verdadeiro foi o primeiro passo para a realização do planejamento
idealizado.
Segundo
as máximas afirmadas por Vasconcellos, no texto que embasa teoricamente esse
artigo, podemos conferir algo relacionada aos fatos mencionados acima, quando
destaca em seu texto, que:
“O educador deve ter clareza
dos limites e problemas da metodologia expositiva, para não recorrer a este
caminho tão comum na escola”.
Realizar
um planejamento conforme ele foi pensado não é uma tarefa fácil, pois no meio
do caminho, ao acontecer dos fatos e conforme vão ocorrendo as diversas
situações pertencentes ao meio escolar, muita coisa precisa ser, aprimorada,
modificada, adaptada, por vezes o que pensamos que pode ser um aula muito
proveitosa, acaba por não ter tanto sucesso assim, e outras vezes, algo que não
apostamos todos as nossas expectativas, fazem um papel surpreendente e
tornam-se peças chaves na construção de boas práticas.
Mas
isso confirma o nosso papel de educador e de mediador do conhecimento, pois
poder proporcionar algo além da informação que é comum a todos e que é de fácil
acesso, conseguir transformar essas informações em algo sólido, onde os alunos
consigam verdadeiramente reconhecer a importância do papel da escola nas suas
vidas, nos torna peças de grande significado na caminhada deles e na busca pelo
saber. Que todos acreditam encontrar durante a vida escolar.
Na
realização da minha prática de estágio, pude contemplar por vários momentos a
relação das teorias apresentadas nos estudos e nas aulas que prepararam e
fundamentaram os conhecimentos necessários com a prática exercida em sala de
aula com os alunos.
O
estágio permite um convívio de sala de aula que aproxima o professor da
realidade que vai acompanha-lo na sua carreira profissional, e como tal, as
situações que ocorrem nele fazem parte de um contexto que é vida real, exige
ainda muito mais comprometimento e seriedade do que qualquer outra situação, as
coisas tem que acontecer de modo a contemplar a todos os envolvidos nessa
prática, pois as pessoas que são recebedoras dessas ações esperam que a escola
supra as suas necessidades de conhecimento, ou que pelo menos consiga estabelecer
relações entre os conteúdos vistos nos bancos escolares e a vida de uma maneira
geral, para que possam contemplar os aspectos trazidos por Celso:
“...o
grande problema da metodologia expositiva é a formação do homem passivo, não
crítico, bem como o papel que desempenha como fator de seleção social, já que
apenas determinados segmentos sociais se beneficiam com seu uso pela escola
(notadamente a classe dominante, acostumada ao tipo de discurso levado pela
escola, assim como ao pensamento mais abstrato).”
Nos
temas trazidos para serem desenvolvidos em sala de aula, procurei sempre aliar
coisas que fossem palpáveis, para fazer a relação com a realidade, nas
atividades que envolviam o reconhecimento de algumas letras que compunham o
alfabeto, para que eles tivessem um acesso mais envolvido com o que estava
sendo exposto, trouxe exemplos físicos de algumas letras que permitem essa
prática, como suco de laranja, para a exploração da letra L, e nesse contexto
já trabalhei aspectos de partilha, de solidariedade, de trabalho em equipe,
fazendo com que cada um trouxesse uma laranja de casa, e fazendo o suco com
eles em sala de aula, para depois realizar a degustação da nossa preparação do
suco de forma coletiva.
Segundo
Vasconcelos,
“Uma
educação significativa deve partir das condições concretas de existência e para
isto, o educador, enquanto articulador e coordenador do processo, precisa ter
um bom conhecimento da realidade com a qual vai trabalhar: alunos, escola,
comunidade, sociedade, assim como a ciência que vai ministrar. Não se trata de
conhecer a “vida íntima” de cada aluno, membro da comunidade, etc..., mas de
apreender suas principais características, seus determinantes”.
Outra
prática que consegui aliar os elementos da teoria com a prática e que julgo ser
relevante nesse artigo, foi a encenação do presépio com a passagem do
nascimento do menino Jesus, para a exploração da letra J, todos participaram,
tornando dessa forma o trabalho empolgante e proveitoso, aliando a isso,
aspectos de humanização, quando trata-se de algo que é reconhecido
historicamente com um grau de importância bastante elevado em nossa sociedade.
Dentre
esses exemplos citados, muitas foram as oportunidades que tive, e aproveitei de
maneira bastante trabalhosa, porém agradável, e consegui perceber o quanto eles
aprendem e se interessam quando as coisas atingem as necessidades deles de
maneira lúdica e que eles sejam os principais envolvidos, atuando na construção
do seu conhecimento e não apenas esperando o que já está pronto.
Penso
que o caminho do êxito apesar de ter seus percalços nos traz muita coisa boa,
porque aprendemos coisas novas todos os dias que temos a oportunidade de
conviver com pessoas que estão ávidas pelas novidades que a gente pode
proporcionar.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
De acordo com a proposta de estágio
oferecida pelo curso, acredito estar contribuindo significativamente com o
andamento do trabalho na realização do estágio. Fiz tudo o que podia para
realizar um trabalho sério e comprometido com a aprendizagem das crianças do
primeiro ano, ver o quanto eles aprendem e crescem diariamente faz valer
qualquer sacrifício que tenha que ser superado para realizar um trabalho bom.
REFERÊNCIAS BOBLIOGRÁFICAS
VASCONCELLOS,
celso dos S. Metodologia Dialética em Sala de Aula. In: Revista de Educação AEC. Brasília: abril de 1992. (n. 83).
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