UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
POLO DE ITAQUI – RS
CENTRO DE LICENCIATURA DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA
ARTIGO
Experiência Docente II
Márcia da Cruz Barz
ITAQUI, RS
2014
EXPERIÊNCIA DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO
O presente artigo apresentará a importância da
experiência docente na Educação Infantil, trazendo contribuições a todos que
desejam e acreditam numa ação educativa transformadora, com ênfase no “educar e
cuidar”, mostrando também que a educação é uma experiência de realização de
desejos e deve ser uma alegria a cada instante e pensar que a mesma deve
incluir o acolhimento, a segurança, o lugar para a emoção, para o gosto, para o
desenvolvimento da sensibilidade; não pode deixar de lado o desenvolvimento das
habilidades sociais, nem o domínio do espaço e do corpo e das modalidades
expressivas; deve privilegiar o lugar para a curiosidade, o desafio e a
oportunidade para a investigação.
Palavras-chave: Experiência.
Educação Infantil. Desafio.
1
INTRODUÇÃO
Este artigo
é uma sinopse da minha experiência docente na Educação Infantil. Nela a relação
professor-criança é fator complexo, embora fundamental, e tem desafios
próprios.
Deste
modo, o professor tem papel relevante no processo de desenvolvimento infantil,
onde nossa função é de ser uma pessoa verdadeira, que se relacione afetivamente
com as crianças, garantindo-lhe a expressão de si, visto que a criança precisa
de alguém que acolhe suas emoções e, assim, lhe permita estruturar seu
pensamento.
Cabe a
nós, então, futuros educadores, envolver cada criança como um todo,
transformando o ambiente em um lugar estimulante onde as diversas
potencialidades físicas, sócio-afetivas e intelectuais aflorem no cotidiano das
crianças.
2
EDUCAÇÃO INFANTIL
Para
uma melhor preparação para este estágio busquei informações que pudessem me
auxiliar a conhecer e entender como é o funcionamento e a importância da Educação
Infantil no desenvolvimento da criança.
A Educação
Infantil é a primeira etapa da educação básica, que tem como objetivo o
desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade. Ela pode ser
encontrada em Creches e Escolas de Educação Infantil ou Centros de Educação
Infantil, creches para crianças com idade de até três anos e em pré-escolas,
para crianças entre quatro e seis anos de idade.
Essa
Pré-escola é a segunda etapa da educação infantil já que as creches têm
responsabilidade pela educação de crianças de até três anos de idade. Contudo,
a educação infantil não é obrigatória no Brasil, fazendo parte do sistema de
ensino como primeira etapa da educação básica.
A
Educação Infantil do Brasil conta com o Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, que luta pelos
direitos da primeira infância.
Na instituição de Educação Infantil, pode-se oferecer às crianças
condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas
de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos...
(REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL INTRODUÇÃO, 1998,
p.23, v.1).
O
ensino na Educação Infantil acontece sem a criança se dar conta, com
brincadeiras, jogos e músicas que os levam à construção de seu conhecimento com
o auxílio de professores especializados. Segundo, a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional a avaliação na Educação Infantil acontece: “...a avaliação
far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (LDB, seção
II, Art. 31).
A
educação Infantil é uma etapa muito importante na vida de uma pessoa. Ela é a
base das primeiras vivências do ser humano e traz muitos benefícios para quem à
frequentou como:
• construção de novos conhecimentos;
• comunicação;
• criatividade;
• espontaneidade;
• socialização;
• ambiente propício para vivências novas.
Outro
ponto importante na Educação Infantil é o lúdico que aguça crianças através de
contos infantis, das brincadeiras e dos jogos.
Em
volta dos 2, 3 e 5, 6 anos destaca-se o surgimento dos jogos simbólicos, que
agradam a expectativa da criança de não somente relembrar imaginariamente o
acontecido, mas de realizar a representação.
Nos
dias atuais, existe um saber de que o lúdico é peça fundamental em qualquer
escolinha de Educação Infantil.
Em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil,
afirma que quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história,
construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade
lúdica (NEGRINE, 1994).
Por
isso é muito importante que o professor tenha conhecimento das experiências e
vivências que de seus alunos, sua família e sobre sua comunidade, para ajudar a
compreendê-los e para formular seu projeto de trabalho.
O
professor não deve pensar em seu aluno como um ser passivo, nulo de
conhecimento, mas como um ser pensante, que traz consigo uma história de vida,
uma cultura que deve ser conhecida e valorizada. Os novos conhecimentos devem
ser inseridos de forma gradativa e agradável, pois esta prática constante trará
implicações positivas na ação dos educandos a médio e longo prazo.
Como
diz Rubem Alves “... o educador é parte de uma tarefa mágica, capaz de encantar
crianças e adolescentes, o que é bem diferente de simplesmente dar aula” (2002,
p.47).
Sabe-se
também que na prática educativa é preciso ter clareza que a edificação de
conhecimentos por parte das crianças se dá de maneira global e integrada.
Portanto devem ser consideradas as inter-relações do conhecimento. Afinal o
importante é que o processo de ensino esteja voltado ao favorecimento de
conquistas que são fundamentais para as crianças, envolvendo as capacidades
cognitivas, motoras, afetivas, sociais, éticas e estéticas.
É
importante que se promova uma prática pedagógica reflexiva, não somente sobre a
ação, mas na ação, avaliando-a constantemente para que venha ao encontro das
necessidades dos educandos.
“A
prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento
dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer” (FREIRE, 1996,
p.43).
Com
tais informações procurei em meu estágio dar oportunidades às crianças destas
conquistas e práticas. Ele foi realizado no Nível I da Educação Infantil tendo
como base o Livro Integrado do Sistema Positivo que a escola adota há mais de 13
anos, em turma com 25 alunos, formada por crianças ativas, rápidas de
raciocínio, carinhosas e ávidas em aprender coisas novas, certos momentos ativos
até demais, mas quando solicitada sua atenção e concentração, eles atendem
prontamente, sem reclamações ou negativas.
Dentro
das atividades propostas em meu estágio houve duas que eles adoraram realizar:
a confecção de uma cobra de meia de nylon e o jacaré de material reciclado.
Eles dedicaram-se muito nestas atividades e acharam muito interessante pode dar
um nome para a cobra e apresentá-la ao restante da turma. Nestas atividades
sempre que era solicitada a colaboração dos pais, foi atendida prontamente
pelos mesmos, são pais bastante participativos e presentes nas tarefas dos
filhos.
Quanto
ao apoio oferecido pela escola foi de maneira integral, nas ocasiões que
precisei de ajuda ou auxilio em alguma atividade ou acontecimento, sempre fui
amparada e apoiada pela professora regente juntamente com a equipe diretiva da
escola.
3
CONCLUSÃO
Quando
há um propósito de realizar um trabalho, pesquisa-se, analisa-se, até chegar-se
a um consenso e ver os objetivos realizados.
Com a
realização da experiência docente na Educação Infantil percebe-se a importância
do ensino-aprendizagem para o ser humano, como uma atividade contínua ao longo
da vida.
Conclui-se
que deve-se possibilitar a aprendizagem do ser humano pelo conhecimento de si
mesmo como sujeito que se constitui social e historicamente; pelo estímulo às
atitudes mentais e comportamentais de desenvolvimento social, político,
cultural e econômica.
Entende-se
que a relação ensino/ aprendizagem precisa ser dinamizada de modo que o
professor tenha condições de analisar e compreender o desenvolvimento do aluno
e, principalmente, conscientize-se de que ele, enquanto profissional da
educação, não é o centro do processo ensino-aprendizagem e sim o elemento
organizador do ensino e o aluno é o núcleo fundamental da aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Rubem. Só Aprende quem tem Fome. Revista Nova
Escola. maio/ 2002.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, 20
de dezembro de 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários
à Prática Educativa. São Paulo - SP: Paz e Terra, 1996.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil.
Porto Alegre-RS: Prodil, 1994.
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: Introdução. v. 1. Brasília-DF: MEC/SEF, 1998.
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