terça-feira, 23 de setembro de 2014

Experiência Docente na Educação Infantil

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
POLO DE ITAQUI – RS
CENTRO DE LICENCIATURA DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA








ARTIGO
Experiência Docente II






Márcia da Cruz Barz










ITAQUI, RS
2014


EXPERIÊNCIA DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Márcia da Cruz Barz[1]



RESUMO
O presente artigo apresentará a importância da experiência docente na Educação Infantil, trazendo contribuições a todos que desejam e acreditam numa ação educativa transformadora, com ênfase no “educar e cuidar”, mostrando também que a educação é uma experiência de realização de desejos e deve ser uma alegria a cada instante e pensar que a mesma deve incluir o acolhimento, a segurança, o lugar para a emoção, para o gosto, para o desenvolvimento da sensibilidade; não pode deixar de lado o desenvolvimento das habilidades sociais, nem o domínio do espaço e do corpo e das modalidades expressivas; deve privilegiar o lugar para a curiosidade, o desafio e a oportunidade para a investigação.

Palavras-chave: Experiência. Educação Infantil. Desafio.


1 INTRODUÇÃO

Este artigo é uma sinopse da minha experiência docente na Educação Infantil. Nela a relação professor-criança é fator complexo, embora fundamental, e tem desafios próprios.
Deste modo, o professor tem papel relevante no processo de desenvolvimento infantil, onde nossa função é de ser uma pessoa verdadeira, que se relacione afetivamente com as crianças, garantindo-lhe a expressão de si, visto que a criança precisa de alguém que acolhe suas emoções e, assim, lhe permita estruturar seu pensamento.
Cabe a nós, então, futuros educadores, envolver cada criança como um todo, transformando o ambiente em um lugar estimulante onde as diversas potencialidades físicas, sócio-afetivas e intelectuais aflorem no cotidiano das crianças.

2 EDUCAÇÃO INFANTIL

Para uma melhor preparação para este estágio busquei informações que pudessem me auxiliar a conhecer e entender como é o funcionamento e a importância da Educação Infantil no desenvolvimento da criança.
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, que tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade. Ela pode ser encontrada em Creches e Escolas de Educação Infantil ou Centros de Educação Infantil, creches para crianças com idade de até três anos e em pré-escolas, para crianças entre quatro e seis anos de idade.
Essa Pré-escola é a segunda etapa da educação infantil já que as creches têm responsabilidade pela educação de crianças de até três anos de idade. Contudo, a educação infantil não é obrigatória no Brasil, fazendo parte do sistema de ensino como primeira etapa da educação básica.
A Educação Infantil do Brasil conta com o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, que luta pelos direitos da primeira infância.

Na instituição de Educação Infantil, pode-se oferecer às crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos... (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL INTRODUÇÃO, 1998, p.23, v.1).



O ensino na Educação Infantil acontece sem a criança se dar conta, com brincadeiras, jogos e músicas que os levam à construção de seu conhecimento com o auxílio de professores especializados. Segundo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a avaliação na Educação Infantil acontece: “...a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (LDB, seção II, Art. 31).
A educação Infantil é uma etapa muito importante na vida de uma pessoa. Ela é a base das primeiras vivências do ser humano e traz muitos benefícios para quem à frequentou como:
•        construção de novos conhecimentos;
•        comunicação;
•        criatividade;
•        espontaneidade;
•        socialização;
•        ambiente propício para vivências novas.
Outro ponto importante na Educação Infantil é o lúdico que aguça crianças através de contos infantis, das brincadeiras e dos jogos.
Em volta dos 2, 3 e 5, 6 anos destaca-se o surgimento dos jogos simbólicos, que agradam a expectativa da criança de não somente relembrar imaginariamente o acontecido, mas de realizar a representação.
Nos dias atuais, existe um saber de que o lúdico é peça fundamental em qualquer escolinha de Educação Infantil.

Em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica (NEGRINE, 1994).


Por isso é muito importante que o professor tenha conhecimento das experiências e vivências que de seus alunos, sua família e sobre sua comunidade, para ajudar a compreendê-los e para formular seu projeto de trabalho.
O professor não deve pensar em seu aluno como um ser passivo, nulo de conhecimento, mas como um ser pensante, que traz consigo uma história de vida, uma cultura que deve ser conhecida e valorizada. Os novos conhecimentos devem ser inseridos de forma gradativa e agradável, pois esta prática constante trará implicações positivas na ação dos educandos a médio e longo prazo.
Como diz Rubem Alves “... o educador é parte de uma tarefa mágica, capaz de encantar crianças e adolescentes, o que é bem diferente de simplesmente dar aula” (2002, p.47).
Sabe-se também que na prática educativa é preciso ter clareza que a edificação de conhecimentos por parte das crianças se dá de maneira global e integrada. Portanto devem ser consideradas as inter-relações do conhecimento. Afinal o importante é que o processo de ensino esteja voltado ao favorecimento de conquistas que são fundamentais para as crianças, envolvendo as capacidades cognitivas, motoras, afetivas, sociais, éticas e estéticas.
É importante que se promova uma prática pedagógica reflexiva, não somente sobre a ação, mas na ação, avaliando-a constantemente para que venha ao encontro das necessidades dos educandos.
“A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer” (FREIRE, 1996, p.43).
Com tais informações procurei em meu estágio dar oportunidades às crianças destas conquistas e práticas. Ele foi realizado no Nível I da Educação Infantil tendo como base o Livro Integrado do Sistema Positivo que a escola adota há mais de 13 anos, em turma com 25 alunos, formada por crianças ativas, rápidas de raciocínio, carinhosas e ávidas em aprender coisas novas, certos momentos ativos até demais, mas quando solicitada sua atenção e concentração, eles atendem prontamente, sem reclamações ou negativas.
Dentro das atividades propostas em meu estágio houve duas que eles adoraram realizar: a confecção de uma cobra de meia de nylon e o jacaré de material reciclado. Eles dedicaram-se muito nestas atividades e acharam muito interessante pode dar um nome para a cobra e apresentá-la ao restante da turma. Nestas atividades sempre que era solicitada a colaboração dos pais, foi atendida prontamente pelos mesmos, são pais bastante participativos e presentes nas tarefas dos filhos.
Quanto ao apoio oferecido pela escola foi de maneira integral, nas ocasiões que precisei de ajuda ou auxilio em alguma atividade ou acontecimento, sempre fui amparada e apoiada pela professora regente juntamente com a equipe diretiva da escola.

3 CONCLUSÃO

Quando há um propósito de realizar um trabalho, pesquisa-se, analisa-se, até chegar-se a um consenso e ver os objetivos realizados.
Com a realização da experiência docente na Educação Infantil percebe-se a importância do ensino-aprendizagem para o ser humano, como uma atividade contínua ao longo da vida.
Conclui-se que deve-se possibilitar a aprendizagem do ser humano pelo conhecimento de si mesmo como sujeito que se constitui social e historicamente; pelo estímulo às atitudes mentais e comportamentais de desenvolvimento social, político, cultural e econômica.
Entende-se que a relação ensino/ aprendizagem precisa ser dinamizada de modo que o professor tenha condições de analisar e compreender o desenvolvimento do aluno e, principalmente, conscientize-se de que ele, enquanto profissional da educação, não é o centro do processo ensino-aprendizagem e sim o elemento organizador do ensino e o aluno é o núcleo fundamental da aprendizagem.


BIBLIOGRAFIA

ALVES, Rubem. Só Aprende quem tem Fome. Revista Nova Escola. maio/ 2002.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, 20 de dezembro de 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo - SP: Paz e Terra, 1996.

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil. Porto Alegre-RS: Prodil, 1994.

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: Introdução. v. 1. Brasília-DF: MEC/SEF, 1998.




[1] Acadêmica de Pedagogia à Distância 7º semestre/CLPD/UFPel.


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